terça-feira, 20 de maio de 2014

Inovações fortalecem a demanda e oferta de impressão em 3D

Novas aplicações mostram a tecnologia madura

Carlos Plácido Teixeira
Colunista Radar do Futuro - Diário do Comércio

Nos Estados Unidos, uma menina de nove anos realiza o sonho de pegar objetos, algo impossível antes para ela, que nasceu sem os dedos. Na Inglaterra e na Rússia, mulheres recebem implantes de quadril. Um outro homem, britânico, com o rosto deformado, obteve a possibilidade de recuperar pelo menos um pedaço da autoestima. No Brasil e outras partes do mundo, pessoas amputadas ganham uma nova esperança de independência, seja para pegar um copo ou para trabalhar.

O noticiário recente, recheado de casos de uso de próteses, confirma que as impressoras de terceira dimensão, as 3D, evoluem aceleradamente para um novo status. O equipamento saiu da sala onde estava instalado para ser amplamente adotado nos ambientes empresariais e domésticos. Deixou de ser uma curiosidade ou tecnologia acessível apenas para os iniciados ou para os usuários pioneiros, que há anos já vinham inovando no desenvolvimento de produtos e na mudança de processos.

No contexto atual, a área de saúde é apenas uma das várias que sinalizam a adoção massiva das impressoras em 3D. Exemplos também têm destaque crescente na construção civil. Na China, a empresa Sun Win construiu dez casas em 24 horas, ao custo de cerca de R$ 11 mil, utilizando a tecnologia de impressoras gigantes. As máquinas, de 32 metros de comprimento, 10 metros de largura e 6,6 metros de altura, utilizam cimento de secagem rápida e resíduos de construção para montar as camadas de estrutura.

Nos Estados Unidos, uma estudante da Escola de Administração de Harvard desenvolveu um equipamento que faz maquiagens na cor escolhida a partir de fotos captadas na internet. A máquina funciona de forma semelhante a uma impressora comum, com a diferença que a usuária precisa informar apenas a cor do produto que deseja fazer. Não há necessidade de instalar algum software específico para criar as maquiagens.

Tendência - Um estudo elaborado pelo banco Goldman Sachs define a impressão tridimensional como uma das tecnologias que vão afetar criativa e fortemente a forma como o mundo realiza negócios. Os setores aeroespacial, automotivo, de saúde e de produtos para consumo são apontados como os mais promissores no uso de equipamentos, com perspectiva de crescimento de 20% a 30% ao ano. Outro estudo, da Lux Research, inclui as áreas de eletrônica e arquitetura entre as mais dinâmicas na adoção de processos e desenvolvimento e produção baseados no uso de máquinas impressoras.

No setor industrial, a impressão tridimensional tem duas utilizações predominantes. Em uma ponta, a produção de peças de uso final. Os moldes fabricados por injeção ou fundição tendem a ser substituídos nas linhas de produção. A inovação será especialmente benéfica para indústrias de pequena produção ou muito customizadas. E também para fabricantes de próteses médicas e odontológicas. Na outra ponta dos usos possíveis, a tecnologia oferece suporte para a manufatura, com a prototipagem de produtos, algo acessível anteriormente apenas para grandes indústrias. Em casa, um engenheiro será capaz de desenvolver e gerar um produto de forma independente.

Na prática, as novas ferramentas e técnicas de impressão 3D estão capacitando todas as corporações globais a adotar o conceito de "faça você mesmo" na criação de dispositivos. Elas também são estimuladas a adotar conceitos mais rápidos e baratos, além de acessíveis para a produção, desde peças de automóveis, próteses e chips de computadores, até joias e peças de vestuário e armas de fogo. E mesmo pizzas e armas de fogo, entre o bem e o mal.

O mercado de impressão em 3D também se beneficia da expansão do uso doméstico, graças à redução de custos dos equipamentos. Hoje, no Brasil, o site Mercado Livre tem anúncios de máquinas com preços a partir de R$ 2 mil. Por enquanto, os equipamentos são adquiridos pelos consumidores pioneiros, que ainda tentam identificar alternativas de uso comercial ou pessoal. Segundo a consultoria Juniper Research, nos próximos anos as vendas das máquinas devem acelerar significativamente. "O crescimento será resultado de uma extensão cada vez maior de aplicabilidade do equipamento, impulsionada pela entrada de fabricantes de impressoras convencionais, como a HP, nesse mercado", diz o estudo.

O noticiário recente, recheado de casos de uso de próteses, confirma que as impressoras de terceira dimensão, as 3D, evoluem aceleradamente para um novo status. O equipamento saiu da sala onde estava instalado para ser amplamente adotado nos ambientes empresariais e domésticos. Deixou de ser uma curiosidade ou tecnologia acessível apenas para os iniciados ou para os usuários pioneiros, que há anos já vinham inovando no desenvolvimento de produtos e na mudança de processos.

No contexto atual, a área de saúde é apenas uma das várias que sinalizam a adoção massiva das impressoras em 3D. Exemplos também têm destaque crescente na construção civil. Na China, a empresa Sun Win construiu dez casas em 24 horas, ao custo de cerca de R$ 11 mil, utilizando a tecnologia de impressoras gigantes. As máquinas, de 32 metros de comprimento, 10 metros de largura e 6,6 metros de altura, utilizam cimento de secagem rápida e resíduos de construção para montar as camadas de estrutura.

Nos Estados Unidos, uma estudante da Escola de Administração de Harvard desenvolveu um equipamento que faz maquiagens na cor escolhida a partir de fotos captadas na internet. A máquina funciona de forma semelhante a uma impressora comum, com a diferença que a usuária precisa informar apenas a cor do produto que deseja fazer. Não há necessidade de instalar algumsoftware específico para criar as maquiagens.

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